A gente não sabe

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Ilustração 3D do novo coronavírus / Imagem: Handout

A filha da minha amiga pegou Covid-19. Era impossível! A menina só tem 14 anos, não sai de casa e está sem ir para a escola desde março. Porém, de repente apareceu com sintomas.

Por outro lado, a minha amiga trabalha todos os dias e tem saído de casa normalmente. Sentiu-se cansada, mas  achou ser  por causa do trabalho incessante. Teve coriza, mas achou que foi porque mexeu em roupas com bolor… enfim. Ela estava se sentindo normal.

Na ânsia de mostrar para a filha que os sintomas não eram nada e sim preocupação da cabeça da menina, minha amiga fez o teste para Covid-19. Para a surpresa dela, deu positivo. Logo, ela mandou fazer o teste na filha e deu positivo também.

As duas passam muito bem, graças a Deus! E não tinha o que a minha amiga pudesse ter feito de diferente. Ela se cuidou, cuidou da filha, fez e fará tudo o que pode. Perfeito! 

O curioso nesse caso é que a menina apresentou os sintomas, já a mãe dela estava se sentindo bem. E “só os mais velhos pegam esse vírus”, lembra? A questão é que a gente não sabe. Se soubéssemos quem tem o vírus, quem passa, quem fica doente, quem se recupera e quem morre, não estaríamos em situação de pandemia. O mundo não teria parado se as autoridades e a ciência soubessem lidar com o que surgiu.

Você pode dizer: “Agora já temos leitos e respiradores nos hospitais…”. Também, antes tínhamos leitos o suficiente para lidarmos com quem precisasse de uma cirurgia, por exemplo. E nem por isso saíamos por aí nos expondo ao risco de sermos atropelados.

Podemos ter quantos leitos e respiradores forem necessários, nada muda. A gente não sabe nada sobre o coronavírus, mas o fato é que, mesmo assim, a vida precisa seguir. Então, não brinque de roleta-russa com a vida de quem você ama. Continue se cuidando e tomando cuidado!